Eu não sei ao certo o que me levou a escrever. Simplesmente aconteceu e eu não consegui mais parar. Talvez por eu ser tão inconstante, ou, talvez por eu ser tão sensível. Eu sei que só o ato de pegar a caneta e um papel, ou, ver um teclado na minha frente e poder escorregar meus dedos sobre ele me faz feliz.
Adoro ler também. É lendo que a gente aperfeiçoa a escrita. E eu acho que a gente tem que ler de tudo, sem se limitar aos romances infanto-juvenis (que são muito bons!), sem se limitar à leitura de revista e assim por diante.
Quando a inspiração para escrever não vem, escrevo sobre a falta de ideias. Pode parecer maluquice, mas é bom...
Por esse sentimento, o amor, que vocês verão dois poemas, o primeiro é de Florbela Espanca e o outro é meu.
Amar! (Florbela Espanca)
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida
Pois se Deus nos deu vóz, foi pra cantar!
E se hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder... Pra me encontrar...
Incerteza (Juana Castro)
Nas letras sobre o papel
Expresso o que eu sinto
Ou o que eu desejei sentir
Meu peito batendo veloz
Num segundo eu hesito
Será que o que vi foi um sonho
E o real eu não vi ou vivi?
A dúvida aguça todos os meus simples sentidos
Procurando a resposta pra essa questão
A voz que sai de mim queima seus ouvidos
Mas seu silêncio é pior... Fere meu coração
E a incerteza palpita
Sem eu pedir
A vida sonhada por todos
Não foi a sonhada por mim.
28 de maio de 2010
Primeira postagem
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