20 de dezembro de 2010

Eu não quero sair daqui!

Demorei pra postar, mas a memória ainda é fresquinha, fresquinha do que quero relatar desde o dia 13, em que fiz a segunda prova, da segunda fase, do vestibular. Bom, eu moro em Salvador, mas não na "tradicional" Salvador... Eu moro em uma área que, há algumas décadas atrás, era local de veraneio, longe de tudo... Mas a cidade cresceu muito! E as novas gerações se distanciaram do passado histórico dessa capital. Eu, sinceramente, não frequento o centro da cidade e odeio o Pelourinho! Sério, não sei se devia dizer isso, mas o Pelô não é legal! Está abandonado, sujo, perigoso, cheio de prostituição e crack (tem até um ponto conhecido como Crackolândia. o.O). Não me levem a mal, eu admiro o passado cultural que existe lá, mas é feio sim! Eu acho... É mais pra turista mesmo, que vai no intuito de conhecer, fazer tererê e colocar fitinha do Senhor do Bonfim...
Enfim!
Eu sei que a minha prova foi no Canela, na parte antiga de SSA, e ao sair do colégio, andei pela praça do Campo Grande, sozinha, enquanto esperava a minha mãe. E quando andava, só, só com meus pensamentos, nunca me senti tão... Livre! Tão... Raíz! Eu me senti raíz, uma verdadeira nativa, desbravando a cidade... Pode parecer idiota, mas foi uma sensação incrível! Foi boa... Então, parei em frente ao TCA (Teatro Castro Alves). Aguardando minha mãe, ouvi uma conversa de três pequenos garotinhos que estavam sem a presença de nenhum adulto. Eles queriam pegar um ônibus, mas acho que não sabiam ler. Nem os mais velhos... E um deles falou: "você acha que eu sou burro, é? Eu sei ler sim!" Eles falavam alto, como se quisessem me provar e provar aos outros presentes que não eram crianças burras. Eu ri baixinho. Aí minha mãe chegou. "Vamos visitar seu tio? Ele trabalha aqui perto." Ok. Lá fomos nós... Vimos meu tio e depois descemos pela Avenida Sete (é com se fosse a 25 de Março de São Paulo ou o Saara do Rio de Janeiro), mas essa é soteropolitana do dendê! Lá tem tudo que você conseguir imaginar e mais um pouco! E os preços são ótimos! Comprei um short azul, de praia, por apenas R$ 7,90! Depois, no fim do passeio, entrei numa pequena lojinha de roupas  com aquele tecido de roupa hippie que eu não sei o nome. Tinha vestidos lindos! E saias enormes! Experimentei uma e a sensação que tive enquanto andava na Praça do Campo Grande se repetiu. Mas eu não levei a saia... Outro dia eu compro... Já explorei muito os meus pais esse mês. 
Depois de tudo isso... Percebi que amo muito a minha cidade! Eu nunca pensei em sair daqui, para trabalhar fora, por exemplo, e várias pessoas já me acharam louca por isso. Eu sei, também, que Salvador tem muitos defeitos que precisam ser melhorados com urgência, mas ela é linda! É feliz! É a minha cidade! Eu nasci, estou crescendo e pretendo continuar aqui, vivendo, curtindo, aprendendo, até o "para sempre".

12 de dezembro de 2010

Luma e UFBA

No fim de semana passado (4 e 5 de dezembro) eu viajei pra Vitória da Conquista, porque no sábado foi aniversário do meu tio e da minha prima, mas que foi comemorado no domingo devido ao batizado de Luma.
Eu só fiquei esses dois dias e voltei na segunda de manhã, mas foi mara o passeio. Minha prima é linda e fez três aninhos! *-* Ela é enorme! =D A coisa mais fofa do mundo!



E hoje de manhã eu fui fazer a segunda fase do vestibular... Peguei um engarrafameeeento! Cheguei faltando uns 10 minutos no máximo pra fechar o portão do colégio (PIS-QUEI!).... E deram quase meia hora de tolerância! Eu até que fiz bem a prova... Pra quem não sabe, eu ainda sou 2º ano e fiz só um teste. Coloquei letras e língua estrangeira pois as matérias da prova são as mesmas que as do curso de jornalismo, que é o que farei ano que vem, se Deus quiser (e se eu me esforçar o suficiente!).
Sim... Aí eu fui "bem" na prova, saí de lá 12h e alguma coisa, desci, liguei o celular e uma senhora falou "Vocês só podem ligar o celular fora do colégio". An? Como assim? Tava um toró e eu precisava ligar pra minha mãe! Saí na chuva... Fazer o que? Me molhei toda, entrei no Bompreço que havia em frente à escola, liguei pra minha mãe e surpresa... Ela estava lá! Aí eu comprei uma camisa branca de R$ 10,00, já que a minha ficou encharcada por causa dos litros de água que jorraram sobre mim, né? =/
Aí voltei pra casa, assisti a alguns filmes... E to aqui agora... Amanhã tem a segunda parte da prova, e eu espero, de verdade, passar. Mesmo que não possa cursar, é um bom sinal... =D


Nada interessante... Quando eu fizer algo interessante juro que coloco.

Beijocas melecadas!

P.S.: Um beijo pra Tia Cláudia, mãe de um amigo meu, que é como se fosse minha mãe também. Te adoro, tia! Você merece ser feliz sempre!

10 de dezembro de 2010

Amizade

Quero dedicar esse poema a todos os meus amigos, que amo, que adoro, que me fazem rir, chorar... Chorar de rir... À minha segunda família:

É tão difícil acordar desse sonho
O mais belo sonho do meu mais leve sono
Acordar e perceber que alguma coisa mudou
Deixei, ou deixamos, algo pra trás
Algo que não esquecerei jamais
Nossa amizade pra sempre vai durar
Mesmo que por "eu sei lá" quanto tempo
Você de mim vá se afastar
Quero que o tempo passe
Mas você fique
Fique ao meu lado
E me abrace apertado
Porque quando você olhar pra trás
Vai ver que sempre estivemos juntos
Por todos esses anos...
E aí você vai se dar conta
de que teve muitos amores,
muitas alegrias, muitas tristezas...
Mas a nossa amizade...
Esse louco amor sem beijos
Permaneceu.
Sobreviveu a tudo o que foi passageiro.
A amizade, dentre os amores,
É o amor mais verdadeiro!
E que seja eterno enquanto dure!
Já que vai durar pra sempre...
É o eterno literalmente.



Amo vocês, companheiros de todas as horas, e eu necessito dizer isso pois não sabemos o que está por vir.

Beijocas melecadas!

26 de novembro de 2010

O Romântico em Mim

Geeeeente, a música "O Romântico em Mim", composta por Matheus Torreão, é muuuuuito boa! Eu tava vendo os resumos das novelas nos respectivos sites (sim, sou noveleira. Assisto do bom, do médio e do ruim também), aí cliquei em algo por engano e vi uma atriz de Malhação cantando e eu me apaixonei pela música! Aí fui fuçar né?A atriz se Chama Luíza Casé, interpreta Lorelai, participa da 2ª temporada do programa "Geleia do Rock", no Multishow, e sua banda se chama "Os Gutembergs". Eu sei que muita gente tem preconceito com com Malhação (eu também já tive), mas a música é boa de verdade. A gente tem que abrir a cabeça de vez em quando e não se importar com rótulos, né? 

17 de novembro de 2010

Que coincidência!

Na minha opinião, esses famosos são muito parecidos. Acho que foram separados na maternidade... Só pode!


Stefhany Absoluta e Miley Cyrus




Ronaldinho Gaúcho e Etevaldo (Castelo Rá-Tim-Bum) 



Gorete (Pânico na TV) e Marcia Goldsmith



Carmo Dalla Vecchia e Jude Law
A melhor dupla, não? *-*



Restart e Teletubbies (indicados por Alê Sieiro: amiga)



Susan Boyle e Maisa (Alê também)
Adoro a Maisa, acho-a muito inteligente, mas convenhamos que essa montagem está o pico do Everest! hehe


Espero que tenham gostado das comparações. Se acham mais famosos parecidos, mande que eu coloco aqui.


Beijocas melecadas, amorecos! 



16 de novembro de 2010

Eu te digo o que nós queremos

Um seriado, em especial, intrigou-me bastante: "Afinal, o que querem as mulheres?" Eu não assisti todo o episódio, pois estudo pela manhã, mas, fiquei com muita vontade de responder a essa pergunta.

Mulher: s.f. Ser humano do sexo feminino./Aquela que atingiu a puberdade./Esposa./Amásia, concubina//Mulher à toa, mulher da vida/Mulher pública, meretriz - Dicionário Aurélio Online

Quando estamos com dúvida sobre o significado de uma palavra, olhamos o dicionário, certo? Mas, a palavra acima não é qualquer uma. E a definição aí presente falou o esperado, o óbvio, deu exemplos... Todavia, se a palavra saltasse da tela do computador ou de uma folha de papel não seria tão óbvia.

É tão difícil explicar o que é mulher, quiçá o que ela quer. Ah... Nada é impossível. Tentarei:
Mulher desde pequena diz o que pensa  e o que sente, porém, na hora de dizer o que quer, ainda que indecisa, a coisa é muito subjetiva... Quer brincar de casinha, mas também quer jogar bola; quer ter amigas e amigos; Quer crescer, falar que amadureceu mais rápido, pra poder sair sozinha, com amigos ou o namorado, e também quer ficar em casa, vendo filmes, comendo brigadeiro, escutando o som da chuva; Mulher quer se dar bem intelecualmente, na vida, nas artes e no amor; Quer se formar, quer ajudar, quer ouvir, quer falar... Nossa, como é bom falar!; Mulher quer ser mãe e quer trabalhar, ou, mulher não quer ser mãe nem quer trabalhar! Mas no meio do caminho pode se apaixonar por um dos dois, por nenhum ou por ambos.

 Depois mulher se estressa, quer comer chocolate (sem engordar)... O chocolate a enjoou, mulher quer água, pois tem sede, sede de mudança, sede de inércia (haha), sede de amar, de ser livre. A mulher quer mostrar que é capaz, porque até hoje sofre preconceito. A mulher quer vencer seus medos... Mas, na hora de sair, que tem que se arrumar, a danada tem medo de decepcionar e de SE decepcionar. Pode ser prática ou virar o armário de cabeça pra baixo e não escolher nada! Pode até não sair mais.

Mulher quer tudo e nada. Depende do dia, do humor, da Lua!...  E em meio a tantas dúvidas, ela só sabe de uma coisa:

Mulher quer saber o que quer.

6 de novembro de 2010

Melô do 2º B

A pedidos, colocarei a musiquinha tchuquitchuqui da minha sala:


Era uma vez uma sala
Onde só tinha anormal
Professor se assustava
Até passava mal

Primeiro eu vou falar
de Ricardinho
Porque ele é capaz
Até de conversar sozinho

Bianor pintou o cabelo
A tinta o afetou
Mergulhou na piscina
De lente e se lascou

Tem alguém mais malandro
Que Renatinho?
Quem é que não concorda
Que Gustavo é gatinho?

Alê gosta de apertar peito
Beta bate na bunda
Onde foi parar o respeito?

Tosto só dorme
Nanda e Pablo estão juntos
Priscila nunca vem
Pedro só senta no fundo

Cibele é uma aluna
muito dedicada
Lucca não se meta
Ela vai te dar patada

Chiara está rindo
Hassan Ali está
Clara está comendo
E Juana está escrevendo

Kim bate em Sabóia
bate em todos nós
João Gabriel...
Eu nunca ouvi sua voz!

TchuTchou é Buda
O outro Felipe é França
Gui, esqueça o Bahia
E estude pra ter confiança

Jorge toca tudo
Bem demais
Bobo é quem pensa
Que o santinho é Moraes

Gigi vende doces
Addami também
Lari e Lis mal falam
Suélem briga e Andrade é zen

Recebemos uma visita
de primeiro mundo
Não se espante, Carol
Com tanto vagabundo

Wyktor é inteligente
mas fala besteira
Na recu 010
Elcio vai estar com Nogueira

Êê... Não vamos esquecer
Êê... Segundo B

30 de outubro de 2010

Leque

Musiquinha que eu fiz após uma criança - moradora de rua - ter pedido dinheiro à outra criança: eu. Cheguei em casa e escrevi de uma vez:

Leque

Encontrei um garoto enquanto voltava pra casa. Leque, nem sequer, tinha camisa rasgada. Os pés descalços arrastando no chão, me fez um pedido e tive que dizer não: "ei, tia, me dá uma moeda por favor?", "Acabo de voltar da escola... To sem dinheiro, amor...". Pensei então "vou te dar o que comer", mas Leque sumiu sem eu perceber! E foi embora a criança pequena, mas não foi embora o sentimento de pena. Que diferença entre nossas vidas!... E eu reclamando aqui das minhas feridas... Quis ajudar, embrulhei um presente: camisa, biscoito, escova e pasta de dente.
Ei, Leque, eu quero muito te encontrar de novo; Ei, Leque, dá tempo de mudar. Você é tão novo!

21 de outubro de 2010

Preciso compartilhar isso!

Ontem, no "Programa do Jô", Jô Soares entrevistava o casal de cantores-atores André Frateshi e Miranda Kassin. No finalzinho da entrevista, ele pediu para que ela cantasse uma música que aparece em um filme e que foi muito difícil pra ele achar porque a cantora só gravou um CD.

O filme é "A Cor Púrpura" e a música é a seguinte:



Miss Celie's Blues (Sister)

Sister, you've been on my mind...
 Sister, we're two of a kind 
So, sister, I'm keepin' my eye on you
I betcha think I don't know nothin 
But singin' the blues, oh, sister Have I got news for you
I'm something I hope you think that you're something too 
Scufflin', I been up that lonesome road 
And I seen alot of suns going down Oh, but trust me 
No low life's gonna run me around 
So let me tell you something 
Sister Remember your name, no twister
Gonna steal your stuff away, my sister 
We sho' ain't got a whole lot of time 
So-o-o shake your shimmy Sister 'Cause honey the 'shug' is feelin' fine

Enjoy it!
Beijocas melecadas!

6 de setembro de 2010

Unhas Coloridas

Sábado eu fui visitar uma tia do meu pai que não mora aqui e estava na casa da filha. Ouvi muitos comentários: nossa família tem um gene forte, em? Você parece muito com sua falecida avó, lembra muito a sua tia quando era mais nova e é a cara do pai! Ou seja: todos iguais. =D Não, eu sei que somos parecidos, e fiquei feliz que todos falaram o quanto sou parecida com minha avó, pois ela era muito bonita! Quando a gente foi embora, eu fui pra casa da minha amiga Chi, que era ali por perto, então fomos jantar numa pizzaria e voltamos pra casa dela. Chegando lá, mas que vergonha, só tinha maconha! a prima dela tinha levado 45 esmaltes! Agora pense... Meninas e esmaltes! Não deu o que preste. Mas, só Clara pintou as unhas de noite, eu dormi cedo porque estava morta de cansaço e só no outro dia, quando acordamos, fiz uma obra de arte em minhas mãos. Bom, Chiara fez. Amarelo, rosa, azul, verde e laranja. Unhas "Saquinho de M&M's".
Eu não tenho unhas grandes, mas eu quis pintar mesmo assim, e apesar de ter estranhado, eu gostei! = )







31 de maio de 2010

O Céu Errado

O texto abaixo eu fiz no 1º ano do E.M., em 2009, aos 14 anos. Era pra fazer algo inspirado em outro texto, e eu me inspirei na crônica "A outra noite", de Rubem Braga. Quem ler vai pensar que é maluquice (e deve ser mesmo) porque parece não ter nada a ver com o texto fonte. Quando fiz pensei no nome, apenas: outra noite, outro céu... E me deixei levar.


O Céu Errado

“Tchau amor. A gente se vê às oito?” Eu perguntei.
“Claro que sim. Tchau... Eu te amo!” Foram as últimas palavras que escutei ele dizer antes de aquele motorista desgovernado quase ter conseguido tirar Hugo de mim. Minutos depois, estava apreensiva no hospital, esperando uma resposta. O médico, alto, pálido e magrelo, caminhou em minha direção:
          -Ele precisará de um coração novo.
                Eu e Hugo nos conhecemos há cinco anos, ele comprou algumas roupas na loja que eu trabalhava temporariamente. Minha vida era sem sentido, estava amargurada por ainda não ter conseguido abrir meu escritório de advocacia. Passava o dia todo naquela lojinha de pouco movimento, esperando o tempo passar para esperá-lo passar novamente. Quando Hugo bateu à porta, soube imediatamente que aquele homem mudaria o meu destino. Ele se interessou, trocamos telefone, e logo estávamos namorando. Parece que eu estava mesmo certa, ele mudou meu destino! Era completamente diferente de mim. Hugo era divertido, bem sucedido, de bem com a vida, ótima pessoa, e me amava assim como eu o amava. Passávamos horas divertidíssimas juntos, outras nem tanto, mas tudo era superado com o tempo.
          Certa vez, eu viajei e ele não pode ir junto. Mas quando cheguei ao hotel, advinha quem estava me esperando? Ele. Até hoje não sei como chegou tão rápido! Deve ter recebido muitos flashes de diversos radares. Mas esse era o diferencial do meu amor, ele sempre inovava, fazia surpresas, pra que mais, meu Deus? Esse homem era tudo! Passamos o final de semana todo em cima daquela cama, vendo os mais variados filmes misturados ao som da chuva. Os minutos, as horas e os dias passavam voando, quase que despercebidos quando ele estava comigo. E eu nem ligava de ter passado tanto!
          Outra vez, em meu aniversário, já tínhamos dois anos e sete meses de namoro, ele me pediu em noivado, da maneira mais linda e mais vergonhosa (pra mim). Foi num restaurante badalado o qual íamos frequentemente. Ele subiu ao palco, pegou o microfone e cantou “Your Song”, trilha sonora do meu filme favorito Moulin Rouge. Tinha uma voz tão macia, olhos tão penetrantes, e pediu a minha mão. Como uma pessoa tão perfeita poderia ir embora tão cedo? Não podia deixar isso acontecer. Provoquei minha própria morte e, ao meu lado, um bilhete de despedida: Por favor, quero que entreguem meu coração a Hugo. Eu ficarei bem onde quer que eu esteja. PS: Avisem-no de que eu o amarei pra sempre. Alice.
Se o céu é o paraíso, e o paraíso pra mim é onde ele estiver, eu estou no céu errado. Mas não estou arrependida. Eu sei que ele irá fazer bom uso de uma parte de mim que muito antes disso tudo, já era dele.





28 de maio de 2010

Primeira postagem

Eu não sei ao certo o que me levou a escrever. Simplesmente aconteceu e eu não consegui mais parar. Talvez por eu ser tão inconstante, ou, talvez por eu ser tão sensível. Eu sei que só o ato de pegar a caneta e um papel, ou, ver um teclado na minha frente e poder escorregar meus dedos sobre ele me faz feliz.
Adoro ler também. É lendo que a gente aperfeiçoa a escrita. E eu acho que a gente tem que ler de tudo, sem se limitar aos romances infanto-juvenis (que são muito bons!), sem se limitar à leitura de revista e assim por diante.

Quando a inspiração para escrever não vem, escrevo sobre a falta de ideias. Pode parecer maluquice, mas é bom...

Por esse sentimento, o amor, que vocês verão dois poemas, o primeiro é de Florbela Espanca e o outro é meu.

Amar! (Florbela Espanca)


Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida
Pois se Deus nos deu vóz, foi pra cantar!


E se hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder... Pra me encontrar...




Incerteza (Juana Castro)


Nas letras sobre o papel
Expresso o que eu sinto
Ou o que eu desejei sentir


Meu peito batendo veloz
Num segundo eu hesito
Será que o que vi foi um sonho
E o real eu não vi ou vivi?


A dúvida aguça todos os meus simples sentidos
Procurando a resposta pra essa questão
A voz que sai de mim queima seus ouvidos
Mas seu silêncio é pior... Fere meu coração


E a incerteza palpita
Sem eu pedir
A vida sonhada por todos
Não foi a sonhada por mim.